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Árbitros também ganham mais com passar de fases da Copa do Brasil 2020; veja os valores

Saiba quanto ganham os árbitros e assistentes na Copa do Brasil

Saiba quanto ganham os árbitros e assistentes na Copa do Brasil

A Copa do Brasil 2020 vale mais que um título nacional e uma vaga na fase de grupos da Libertadores, algo que apenas o campeão consegue. A segunda competição mais importante do país representa também a chance de diversos clubes arrecadarem mais grana conforme avançam no torneio. A premiação total ao vencedor pode chegar aos R$ 72,8 milhões, desde que ele jogue desde a primeira fase.

Para os árbitros que apitam a Copa do Brasil 2020, estar nas fases decisivas também significa ganhar mais dinheiro. O Blog do Allan Simon teve acesso a um ofício distribuído por Leonardo Gaciba, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, aos clubes que disputam o torneio nacional nesta temporada, e conferiu os valores que serão pagos aos homens e mulheres do apito em todas as fases.

A diferença entre comandar um jogo na primeira rodada e a apitar a final chega a ser de quase quatro vezes, se o árbitro estiver no quadro da Fifa ou no Master da CBF. Na primeira reportagem da série com os valores recebidos pela arbitragem no futebol brasileiro, vamos mostrar quanto valem cada uma das fases da Copa do Brasil 2020, mas também como funcionam todos esses custos na competição.

– Há diferenças nos valores de acordo com a categoria dos árbitros

Na primeira fase da Copa do Brasil, que tem 40 jogos únicos, um árbitro Fifa ou CBF Master recebe R$ 2,6 mil como taxa para apitar o jogo. Se for escalado na função de assistente, o valor é de R$ 1.560.

Se pertencer ao quadro básico, ou seja, nem estiver no quadro da Fifa, nem for considerado como master pela CBF, os valores caem, respectivamente, para R$ 2,2 mil e R$ 1.320.

No caso de quarto e quinto árbitros também há estágios de remuneração de acordo com categoria. FIFA e Master recebem R$ 650, enquanto os demais ganham R$ 550, mesmo valor que é pago aos inspetores de arbitragem, analistas de campo e outros profissionais, normalmente ex-árbitros que seguem trabalhando no futebol após chegarem ao limite de idade.

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– Clubes mandantes é que arcam com os custos da arbitragem

Como se não bastasse a regra que elimina o time da casa com um empate no jogo único da primeira fase da Copa do Brasil, e que ainda estabelece que a renda líquida da partida deve ser distribuída entre os dois clubes na proporção de 60% (para o classificado) e 40% (para o eliminado), ainda é necessário que essa equipe, normalmente de menor investimento e condições financeiras, arque com custos de arbitragem.

E isso não significa apenas as taxas que citamos. O clube deve pagar também os gastos de hospedagem e transportes dos árbitros, que, via de regra, são de outros estados. O ofício da CBF também estabelece valores de acordo com os tipos de transportes e distâncias percorridas pela equipe de arbitragem.

Se o transporte for terrestre dentro do próprio estado (a CBF costuma escalar apenas o trio de outros estados, deixando o quarto árbitro, por exemplo, ser da própria federação que recebe o jogo), com distância de até 100 km contando ida e volta, a taxa é de R$ 100, equivalente a duas diárias de R$ 50. Entre 101 e 300 km, o valor passa para R$ 140 (duas diárias de R$ 70), e chega a R$ 180 (duas de R$ 90) nos casos acima de 301 km.

Caso a forma de transporte seja terrestre e interestadual, os valores são os mesmos até 600 km, mas há mudanças acima disso. Entre 601 e 799 km, são pagas duas diárias de R$ 140, totalizando R$ 280. Acima de 800 km, são três diárias de R$ 240, dando custo total de R$ 720.

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Se o transporte for aéreo, o que só acontece quando as distâncias de ida e volta, somadas, ficam superiores a 800 km, também são pagas três diárias de R$ 240. O valor total de R$ 720 também é pago caso o árbitro seja escalado para apitar um clássico estadual, já que a CBF obriga, neste caso, que a equipe fique em um hotel em regime de concentração desde as 14h do dia anterior à partida.

A taxa de deslocamento entre aeroporto/rodoviária e hotel também varia. Se o árbitro residir em um estado diferente da partida, recebe R$ 125. Se for do mesmo estado, tem direito a R$ 65.

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– Quanto ganham os árbitros na Copa do Brasil 2020?

Depende da fase, categoria e da função. Um árbitro Fifa ou Master da CBF ganha R$ 2,6 mil por jogo na primeira fase, mas recebe R$ 10 mil se apitar um das partidas da grande final. Se for de um quadro básico, ganha R$ 2,2 mil na primeira fase e R$ 7,2 mil na final.

No caso dos assistentes, os valores são menores. FIFA/Master recebe R$ 1.560 na primeira fase e R$ 6 mil na final. Quadro básico ganha R$ 1.320 na fase inicial e R$ 4.320 na decisão.

Os valores da fase inicial são mantidos até a quarta etapa do torneio. Nas oitavas de final, a taxa sobe e se mantém nas quartas, antes de subir novamente duas vezes na semi e na final.

Veja no quadro abaixo os dados completos da remuneração dos árbitros na Copa do Brasil:

Remuneração dos árbitros na Copa do Brasil 2020 chega a aumentar quase quatro vezes para membros do quadro Fifa e Master da CBF

– Mas quem são os árbitros dos quadros Fifa e Master na Copa do Brasil?

São árbitros Fifa: Anderson Daronco, Bráulio da Silva Machado, Bruno Arleu de Araújo, Charly Wendy Deretti, Deborah Cecília Cruz Correia, Edina Alves Batista, Flávio Rodrigues de Souza, Luiz Flávio de Oliveira, Rafael Traci, Raphael Claus, Rejane Caetano da Silva, Rodolpho Toski Marques, Thayslane de Melo Costa,Wagner do Nascimento Magalhães e Wilton Pereira Sampaio.

São assistentes Fifa: Alessandro Álvaro Rocha Matos, Bárbara Roberta da Costa Loiola, Bruno Boschilia, Bruno Raphael Pires, Danilo Ricardo Simon Manis, Fabrício Vilarinho da Silva, Fabrini Beviláqua Costa, Fernanda Nandrea Gomes Antunes, Guilherme Dias Camilo, Kléber Lúcio Gil, Leila Naiara Moreira da Cruz, Marcelo Carvalho Van Gasse, Neuza Inês Back, Rafael da Silva Alves, e Rodrigo Henrique Corrêa.

São árbitros da categoria Master: André Luiz de Freitas Castro, Elmo Alves Resenha Cunha, Dewson Fernando Freitas da Silva, Ricardo Marques Ribeiro, Wagner Reway, Francisco Carlos do Nascimento, Héber Roberto Lopes, Leandro Pedro Vuaden, e Marcelo de Lima Henrique.

São assistentes da categoria Master: Clériston Clay Barreto Rios, Eduardo Gonçalves da Cruz, Fábio Pereira, Katiuscia Mayer Mendonça, Lilian da Silva Fernandes Bruno, e Márcia Bezerra Lopes Caetano.

Todos os demais recebem como árbitros de quadro básico.

Na próxima reportagem da série, vamos ver como funciona a remuneração do VAR na Copa do Brasil.

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