Futebol feminino disparou no Google: veja que os internautas quiseram saber

Futebol feminino disparou no Google: veja que os internautas quiseram saber

7 de julho de 2019 0 Por Allan Simon

A Copa do Mundo Feminina terminou neste domingo (7) com a conquista do tetracampeonato mundial pelos Estados Unidos, que venceram a Holanda na final por 2 a 0. A competição teve pela primeira vez na história a transmissão da maior emissora de televisão do Brasil, a Rede Globo, que inclusive exibiu a decisão entre americanas e holandesas. Com isso, ao longo de um mês de disputas, o interesse dos brasileiros no tema disparou.

É o que mostram os gráficos no Google Trends, serviço que mede a tendência de assuntos e o comportamento dos internautas que usam o site de busca mais famoso do mundo para tirar suas dúvidas e aprender mais sobre diversos assuntos. No Brasil, a Copa do Mundo Feminina, e a modalidade em si, futebol feminino, atingiram o pico histórico de buscas no Google em junho deste ano.

O Google também divulgou quais foram as principais dúvidas dos internautas sobre a Copa do Mundo e o futebol feminino. Os usuários quiseram saber, no topo do ranking, quando foi realizada a primeira edição do Mundial para mulheres. Devem ter descoberto que aconteceu em 1991, na China, quando os EUA também foram campeões.

Em seguida, perguntaram quantos títulos o Brasil tem na competição. Nenhum, mas chegou ao vice-campeonato em uma campanha histórica em 2007, também na China, quando Marta conquistou de vez o coração dos fãs da modalidade com dribles e golaços geniais, como o marcado na semifinal contra os Estados Unidos.

Também questionaram quando o futebol feminino chegou ao Brasil. Podem ter descoberto no site Última Divisão que o primeiro registro oficial de uma partida da modalidade no país é de 1921, um jogo entre mulheres dos bairros Tremembé e Cantareira, na zona norte de São Paulo.

A quarta pergunta revela o grau do interesse imediato que a competição despertou. Os internautas queriam saber se tem jogo “hoje” na competição. E o quinto item questionava como se deu o surgimento da Copa do Mundo Feminina, cuja ideia partiu em 1986 e gerou o embrião de um Torneio Internacional de Futebol Feminino em junho de 1988, na China, usado para estudos da Fifa sobre a modalidade.

Vencido pela Noruega, com Suécia em segundo, Brasil em terceiro e China no quarto lugar, o torneio tinha mais oito equipes e foi considerado um sucesso, fazendo a entidade criar sua versão para mulheres da Copa do Mundo. Desde então, oito edições foram realizadas entre 1991 e 2019, com quatro títulos para os EUA (1991, 1999, 2015 e 2019), dois para a Alemanha (2003 e 2007), um para a Noruega (1995) e um para o Japão (2011).

Sucesso em audiência na Globo, no SporTV e na Band, sucesso em buscas na internet. O futebol feminino ganhou uma nova chance de explodir de vez no Brasil. Caberá aos dirigentes, sobretudo, não deixar a peteca cair. A Copa do Mundo de 2023 é logo ali. Antes, aliás, tem disputa de medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio-2020. O trabalho deverá ser construído no dia a dia, com as competições estaduais e nacionais de clubes no país.